Monday, December 31, 2012

Cola nessa...

Bons tempos quando morei no Japão e tinha variedades de produtos e ferramentas disponíveis para fins e objetivos específicos. Tanta diversidade e múltiplas opções... hoje em dia, sinto uma falta imensa dessas coisas. Sim, viver em terras brasilis tem dessas...limitações.
Colas, por exemplo! É horrível ter apenas um único padrão de uso doméstico e "sofrer" até achar opções de uso industrial - que só pode ser adquirido em grandes quantidades e embalagens gigantes.
Para minha surpresa...consegui achar cola a base de cianoacrilato (tipo superbonder) do Japão! Sensacional, são 3 tipos para aplicações diferenciadas.
Além da bonder, achei resina epoxi na tradicional combinação resina/endurecedor com cura rápida de 10 minutos. A epoxi é muito boa para colagem de cavaletes, colagem de escalas de ébano e reparos em geral. Para soltar o epóxi, use ácido acético (vinagre)...é infalível.
Felizmente, cola Araldite vendida aqui...é boa e funciona bem. Na foto abaixo, o pacote do meio é uma cola muito boa para filetes e frisos. É como um tipo de resina para aeromodelismo ou prótese dentária. Já o pacote da direita (marrom), é uma cola de contato bastante forte mas pouco viscosa, ótima para colagens de folhas de madeira e plástico com plástico.
Esse tubo vermelho é cola para plásticos em geral, ótima também para frisos e filetes. Ideal para polipropileno, ABS, náilon e polietileno. É uma resina específica para plásticos, mas funciona bem com borrachas, madeiras e tecidos.
Essa cola vinílica para colagem de madeiras é a minha preferida dos produtos do Japão. É um produto de uso geral com viscosidade média e cura de 12 horas. Os luthiers de instrumentos acústicos que reclamam das colas vinílicas (porque alteram o timbre...ou porque mancham demasiadamente as madeiras), precisam experimentar esta versão japa. E para colagens rápidas e mais resistentes, Titebond é a melhor opção!
Eu tenho um higrômetro da Martin Guitars em casa e faltava um aparelho no Studio de Luthieria...achei esse exemplar de custo baixíssimo ( a bagatela de 5,99 reais)! É analógico e funciona perfeitamente! Quando o orçamento permitir, irei a caça de um aparelho mais sofisticado e digital. E porque um higrômetro??? O controle da umidade é fundamental para qualquer tipo de colagem. Não faça colagens com umidade relativa do ar em alta.
Aqui na foto abaixo, as colas e alguns líquidos que sempre estão na minha prateleira de utilidades.
Sim, vocês devem imaginar que essas colas estão sendo vendidas em alguma loja no bairro oriental da Liberdade...ou em algum "buraco" na rua 25 de março ou adjacências...Pois é...nada disso. No caso das colas, são todas fabricadas no Japão. Usei muitos desses produtos citados quando morei lá e garanto que a qualidade é muito boa. Para quem quiser saber onde comprar, uma dica: Rua Direita...no centro velho de sampa. E nessa mesma loja onde encontrei as colas, tem muita coisa oriunda da terra do sol nascente para casa, cozinha, carro, utilidades domésticas, papelaria, hobby, etc...etc...ferramentas pequenas...etc...etc...vale a pena conferir e bater pernas!

Happy METAL New Year!


Amigos, gostaria de desejar muita saúde, dinheiro e rock´n´roll para 2013. A jornada musical continua!
Friends, would like to wish you a great 2013 with health, $$$ and rock´n´roll! The music journey continues!

Friday, December 28, 2012

"Fortes são aqueles que transformam em luz o que é escuridão"

Recentemente, trabalhei num show da banda Livres do meu aluno Felipe Dyck e quando ví o rack de guitarras dele - todo envolto por uma luminária de PVC transparente contendo LEDs....pensei..."vou fazer a mesma coisa com meu rack"! Pesquisei por ai e encontrei luminárias de LED flexíveis em formato de cinta. Optei pela marca chinesa NVC. Conversei com eles e fizemos uma parceria bem legals. A cinta de LEDs da empresa não requer uma fonte específica com retificação. A cinta contém um chip retificador ( o que deixa o sistema mais enxuto e mais prático de montar). A qualidade dos LEDs é ótima e tenho opções em 127 e 220 volts, várias cores e o tamanho é definido em cada meio metro (127 volts) e cada metro (220 voltas). 
Andei pesquisando e não encontrei nenhum guitar tech que usa esse tipo de luz no backstage. Então resolvi adaptar e quem sabe serei o pioneiro...E logicamente, muitos o farão depois que lerem essa postagem e checarem a eficácia desse tipo de iluminação. Nas fotos abaixo, a simulação da cinta de LEDs no meu Studio de Luthieria sob a bancada. 
Pelo fato de ser uma cinta flexível, as possibilidades em termos de disposição são imensas. A empresa me forneceu braçadeiras específicas para fixação da "serpente" - que devo utilizar para desenvolver um dispositivo especial para fixação.
Recebi da filial da NVC estes dois catálogos completíssimos com info, fotos e especificações técnicas. Excelente parceria! Vou desenvolver uma workstation utilizando as luminárias da empresa e em breve postarei aqui.
Aproveitando a idéia do Felipe, coloquei a "serpente iluminada" no meu novo rack de guitarras. Quebrei um pouco a cabeça para fixar a cinta de maneira definitiva. Sem que a peça interferisse na montagem do rack. E ficou bom. Utilizei 3 metros de material, fixadores fornecidos pela empresa e abraçadeiras pretas com trava. Veja como ficou nas fotos abaixo:
 Aqui na foto abaixo...uma visão mais geral de como ficou a iluminação do rack.
E por isso a citação do: "Fortes são aqueles que transformam em luz o que é escuridão". Tecnicamente falando...é um artifício bem bacana...subjetivamente falando...hahahahahahaha....os significados são muitos!

Para a bancada utilizei uma cintas de 1 metro: uma de 127 volts e outra de 220 volts.
Para acessar o site da empresa: http://www.nvc-lighting.com/
Quem quiser saber mais sobre onde comprar, me mandem email: hh777@bol.com.br

Wednesday, December 26, 2012

Focinho de porco deixa de ser tomada no Brasil....

Sim...graças a ABNT...focinho de suíno não é mais tomada no Brasil...Inventaram um padrão único - diferente de qualquer outro referencial internacional. Acho que a tomada da Suiça é parecida...eu disse Suiça e não: suíno! 
Trabalhar com variadas bandas de diversos lugares do planeta requer adaptadores e conversores de tomadas elétricas. Cada localidade possui um padrão específico e nem todas as bandas trazem consigo, os tais conversores de AC.
Esse adaptador universal na foto abaixo é imprescindível para quem está em tour pelos continentes, ou para quem recebe artistas e bandas do mundo todo. É um conversor para os gringos, japas, europeus e brasucas. O equipamento é de boa qualidade: material resistente, prático, compacto e de excelente apresentação visual. Tenho duas peças comigo e sempre são requisitadas. Na parte superior do conversor (entrada), o sistema universal para receber todo tipo de pinos. 
Na foto abaixo, é o mínimo de adaptadores de tomada que costumo levar na maleta de ferramentas. Conversor de pinos retos para redondos, de pinos redondos para retos, adaptadores de padrão antigo para o atual, adaptadores do atual para o antigo e multi-tomadas específicas. Pois é, essa mudança de padrão das réguas e tomadas (AC) no Brasil, tirou o setor de uma crise...e tirou também dividendos dos nossos bolsos. O adaptador universal não é compatível com o novo padrão brasuca, mas basta utilizar outro conversor. Ou seja, a tomada fica parecendo uma
 Na foto seguinte, os pinos específicos de padrão europeu do adaptador universal.
O sistema de trava dos pinos do adaptador é executada através de uma chave deslizante. O conversor é bem eficiente e funciona "baragarai". Eu paguei um preço módico (15 reais) na rua Florêncio de Abreu - numa galeria no início da rua. O mesmo adaptador é comercializado por até 45 reais em lojas nos aeroportos. Quando for utilizar o adaptador, cole uma fita colorida para identificação na peça. Depois do show, não esqueça de remover o conversor das réguas de AC e guardá-lo na sua maleta.
Eu uso extensões de tomada do padrão antigo. Uso adaptadores para o padrão novo e minhas réguas são de 15 amperes (branca) e 20 amperes a régua preta (sim, as tomadas desta brilham no escuro). O multímetro é essencial. Nem tente sobreviver sem ele! Com relação as réguas do padrão novo...já estou montando uma - as réguas disponíveis no mercado são horripilantes. Mas a maioria das empresas continuam utilizando as réguas do formato antigo...que são bem melhores e mais práticas.
Sobre a questão de segurança: sim...o padrão novo é seguro...
A ABNT diz que o intuito foi privilegiar a segurança e mudar radicalmente o padrão para estabelecer um novo ponto de partida, eliminando o modelo antigo. Enfim................
Um procedimento obrigatório no palco: requerer tomadas de 127 volts e 220 volts, etiquetá-las e não misturar pedais, periféricos de diferentes voltagens no mesmo sistema -  é 777% de probabilidade de gerar ruído. Separe a fase da luz com a fase do áudio...outro motivo para ruídos e chiados.
Só espero que os gregos, turcos, albaneses, israelistas e povos da terra média não me venham aqui com cabos de força estranhos...


Monday, December 3, 2012

Show com Juliano Son & banda Livres - 01 dezembro 2012

E eu que pensei que terminaria 2012 com o show dos japas do An Cafe!
Pelo jeito, ainda tem muita lenha e forno para queimar neste "restinho" de 2012. Durante a semana, meu aluno Felipe Dyck Friesen nos contactou para a possibilidade de trabalharmos na gravação do DVD "Mais um Dia" da banda Juliano Son & Banda Livres. Felipe é um dos guitarristas da banda. E eu não ia deixar meu aluno na mão...Então chamei mais dois técnicos de palco:
Gabriel Orosco que é assistente do meu sócio Marcio Benedetti - ele também trampa de roadie e assistente de estúdio. E meu aluno Felipe Makiyama, roadie de cordas que me acompanha em vários shows. Partimos para o antigo Olympia - reduto outrora de muitos shows a qual tive o privilégio de trabalhar: Stratovarius, Primal Fear, Hammerfall, Gamma Ray e outras.
O antigo novo Olympia continua com a mesma estrutura, porém o interior da casa está mais "estiloso". A área do backstage estava bagunçada, mas...num dia como esse...o que não poderia estar? O palco foi estendido com uma rampa central. As beiradas também estavam prolongadas. Afinal, gravação de DVD requer uma pitada generosa de sofisticação e capricho.
Desta feita resolvi colocar um slideshow no blog com as fotos. Sim, sim....tava acom preguiça de colocar e legendar "uma a uma"....
Meu trampo foi relativamente simples: afinar as guitarras e passá-las ao Felipe durante a gravação. Apenas uma guitarra estava "meio tom abaixo" e as trocas de guitarras eram tranquilas. Lógico que eu de prontidão para qualquer eventualidade, mas tudo deu certo. Acompanhe o slideshow com as fotos:

Bom, tanto eu, Makiyama e o Gabriel, não tivemos trabalho. Foi tudo bem sussa. No meu caso, estava um pouco cansado. Tinha recém saído da tour do An Cafe, passei a semana toda dando aulas. Na sexta feira dei um intensivão pra galera de fora de sampa e sábado acordei cedo pra dar aulas e...na sequencia...o trabalho com o Livres. Mas foi tudo bem.
Comigo, algumas ocorrências simples: fazer um "passa cabo gigantesco"do backstage para o palco com sinalização de setas, monitorar a temperatura dos amps durante o show (mas foi tranquilo), esqueci de desplugar o cabo do afinador quando entreguei a guitarra pro Felipe (que resultou em risadas de ambos) e o straplock da Gibson Les Paul que desmontou na minha mão 7 segundos antes de entregá-la ao Felipe, mas que deu tempo de montá-lo...(pois é, se não desmontasse na minha mão....desmontaria no palco...ou seja, sorte minha e sorte do Felipe). Utilizei 2 afinadores em loop e ainda tinha um Polytune no banco de reservas. Utilizei o TU-10 da Boss no violão Gibson J45 do Felipe e mesmo com a massa sonora, o afinador conseguiu ser imparcial. O set up do Felipe: guitarras Duesenberg Starplayer, Gibson Les Paul, Fender Stratocaster, Fender Telecaster, Nash Telecaster e o violão Gibson J45. Os amplificadores: Morgan, Sussego e Vox.
Poutzzzzz, tirei duas fotos da pedaleira, mas ficaram ruins....mas tinha muita coisa boa....variados stompboxes de boutique! Muito bom gosto em termos de equipamentos. Parabéns Felipe!
Fiquei trabalhando do lado do palco e bem pertinho da platéia que estava na beirada do sidestage. A galera parece que curtiu meu trampo e me pediu palhetas e tirou várias fotos minhas...muito legals! Encontrei o competentíssimo Andre Kbelo que estava na unidade móvel e o talentoso Carlos Sugawara! Quanto ao show, produção, organização e vibe...sem palavras! Parabéns a todos!
Agradecimento especial ao Felipe Dyck pela oportunidade! Fiquei extremamente honrado! E a maratona de shows GOES ON!
Mais uma fotinha minha trampando....
Aqui um vídeo que dá pra visualizar nosso trabalho de guitar tech: