Depois de ajudar Alex em uns 3,777%, montei os amplificadores das guitarras nas laterais do palco. Eram dois cabeçotes ENGL Invader de 150 watts com quatro gabinetes ENGL 4 x 12”. Um detalhe: os ENGLs estavam “novos”, seria a primeira gig do equipamernto. Por isso, é imprescindível que fiquem ligados por mais tempo. É importante testá-los no esquema “warm´n´hot”! Mas olha...esses ENGLs são BELISSIMOS! Cada lado ficou com um stack completo: cabeçote ENGL/2 caixas 4 x 12” e um cabeçote reserva Marshall JCM 900. Do lado direito (perspectiva de quem está no palco) montei minha “torture room”, quase ao lado do teclado de Alex Staropoli. E do lado esquerdo, posicionei o gabinete Ampeg 8 x10” e os 2 cabeçotes Ampeg SVT4, para o baixista Oliver Holzwarth.
Desta feita, levei meu próprio rack de instrumentos e minha stratocaster preta – para passar o som e deixar os amps regulados para os guitarristas. Sim, eu faço isso! Não seria necessário....mas é um expediente que ajuda a ganhar tempo. Deixei os controladores de chão (footswitches) em stand by e não fiz nenhuma programação. Apenas “timbrei” os quatro canais dos amplificadores. Assisti alguns vídeos no YouTube que ajudaram bastante para decifrar os timbres de cada músico.
O rack com minha strato, o baixo do Oliver Holzwarth e a guitarra do Tom Hess.
O rack com minha strato, o baixo do Oliver Holzwarth e a guitarra do Tom Hess.
A primeira pedaleira que montei foi do guitarrista americano Tom Hess: Boss Noise Supressor NS-2, Boss TU-12 Tuner e sistema wireless Relay G30 Line 6. Tom trouxe uma pedaleira Line 6 POD HD, mas não a utilizou. O guitarrista trouxe apenas uma guitarra Carvin branca e fiz alguns reparos na referida, depois do soundcheck: aperto nas tarraxas, limpeza dos potenciômetros, troca de cordas (Daddario .010 afinação standard) e limpeza geral do instrumento.
Logo na sequencia, montei a pedaleira do baixista Oliver Wolzwarth , que é irmão do baterista Alex. Ele utiliza um Bass Driver da Sansamp, Peterson Strobo Tuner, sistema Wireless Shure e encordoamento Daddario .045. Passamos também um a linha extra de D.I. para mixá-la no PA. O baixo de Oliver é um Sandberg handmade de 5 cordas com corpo de alder, braço e escala de maple. A eletrônica consiste em 2 captadores com circuito de pre amp e duas saídas (estéreo ou mono). Oliver foi com quem mais conversei a respeito de madeiras, eletrônica e luthieria. O cara é muito interessado e provavelmente, o mais solícito e simpático da banda. Ele me pediu para dar um “jeitinho” no potenciômetro de volume que estava “bailando” no escudo. Pois é, após o soundcheck e depois de terminar com os ajustes da guitarra do Tom, dediquei uns 20 minutinhos para desprender o escudo e fixar melhor o potenciômetro do contrabaixo. Aproveitei para lubrificar as pistas dos pots. E dei um “aperto” nos jacks. O outro guitarrista, o italiano Roberto de Micheli chegou com as guitarras e os pedais. Ou seja, não tinha como deixar nada preparado porque ele não mandou o equipamento pela produção. Apenas timbrei o canal sujo do ENGL e ele fez algumas alterações. Logo que Roberto chegou, falei: PRACHERE! SONNO LIETO DE VEDERLHA! Bom...ele engatou uma quarta marcha e desandou a falar em italiano...e eu rapidinho...deixei claro que sou siciliano, ou seja, não falo italiano, apenas italianez! A pedaleira de Micheli é simples: Boss TU12, Ibanez Tube Screamer, Boss Noise Supressor NS-2, sistema wireless Relay G30 Line 6 e multi fonte de alimentação. As guitarras são: Ibanez RG e uma Manne modelo Ventura. Tudo muito simples também!
Quanto ao baterista Alex Holzwarth, nada de muito exótico. As peças da bateria estavam com triggers e o próprio Alex dispara trilhas de orquestração e sampler pelo laptop que fica posicionado do lado esquerdo. Durante o show, arrumei o suporte do microfone do surdo, coloquei algumas travas no suporte de um prato (que posteriormente foi substituído) e o mesmo ajustou sua banqueta depois do solo de bateria.
As baquetas personalizadas de Alex Holzwarth
O laptop com as trilhas e orquestrações
As baquetas personalizadas de Alex Holzwarth
O laptop com as trilhas e orquestrações
Alex Staropoli utilizou apenas um teclado Roland Fantom G7. Ele teve problemas com o retorno que durante o show me fez sinalizar e correr um pouco. E outra coisa que aconteceu: pedestal do vocalista Fabio Lione que caiu uma única vez. O incidente mais significativo foi o sumiço momentâneo do afinador de headstock do guitarrista Tom Hess. CATZO! O equipamento estava sob minha guarda e alojado dentro do meu bolso com as luvas. Só fui perceber 12 minutos depois que Tom começou a reclamar do desaparecimento do aparelho. Mas quando ele veio a mim e mostrei que tinha encontrado o afinador, ele sorriu diante de minhas desculpas. Durante o sumiço do dito cujo, ele utilizou o meu afinador de headstock...portanto, “MENO MALE”!
Soundcheck!
Com relação as guitarras, efeitos e amps, tudo tranquilo! Costumo sempre dizer: show tranquilo é porque o trabalho prévio foi bem feito. Acabou apresentação, desmontei o equipamento de cada músico, levei cada set up para o camarim e chequei tudo na presença deles. Pois é, ultimamente minhas equipes contam com pessoal sobrando. Mas desta vez, fiquei como único técnico do palco. Tive que me virar sozinho e foi ótimo porque me lembrei dos primórdios. Em casos assim, o ideal é dobrar o quociente de calma e paciência. Sim...É VERO! Não adianta correr freneticamente sem rumo.
Minha visão da lateral do palco!
O set list do show!
O tecladista Alex Staropoli e a guitarra reserva Manne na minha mesa de trabalho.
Final da apresentação, showzaço do Rhapsody Of Fire - pic: HHF
Roberto, eu, Oliver e Alex, nos camarins depois do show - pic: HHF
Provavelmente terei uma pausa dos shows em julho e agosto (eu disse provavelmente hein!). Mas o segundo semestre promete ser BEM agitado! Valews galera!
falou com afinador véio,aprende com quem sabe
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