Depois do LM.C. fiz o show da banda californiana No Use For a Name, banda de hardcore, uma das mais populares da cena, junto com os antecessores: Offspring, Pennywise e Bad Religion. A tour começou em Fortaleza (dia 11 de maio) e São Paulo - no Carioca Club (12 de maio). A preparação para o show foi exaustiva. Assisti vários vídeos pelo You Tube para ver o posicionamento do backline, ver os instrumentos, conferir os detalhes de performance e familiarizar com o repertório. Quem viu as fotos que postei no Facebook, notou que mudei minha equipe. Com exceção do LM.C, os 3 shows anteriores, mantive a mesma turma de trabalho. Desta vez, resolvi levar uma trupe nova com 2 novatos, alunos do Curso de Técnicos de Palco e Roadies. A equipe antiga era formada pela galera que está comigo no dia-a-dia, na escola. A principal razão da mudança é justamente poupá-los da dupla jornada. Afinal, não é fácil ter que me aguentar como chefe no cotidiano e reincidir da mesma maneira, fora da escola. Sempre mantive um "estilo" de trabalhar com as pessoas mais próximas (as que estão normalmente comigo na escola) e neste caso: reconheço que os sobrecarreguei. Então resolvi mudar e deixá-los descansar e curtir os dias de folga . E assim, dou chance e oportunidade também para os novatos. De qualquer forma, agradeço a minha antiga equipe por me aguentarem...porque...não deve ter sido fácil dobrar a jornada.
Na nova equipe, escolhi o Felipe Makiyama que é meu aluno de luthieria e toca bateria. Ou seja, é versátil, só não tem experiência. Chamei o Rafael Turri que trabalha na Caimbé. Ele tem um bom conhecimento técnico em cordas e fala inglês. Recrutei o Elias Aftim, proprietário da Escola/Studio Latitude: fala inglês, tem bastante experiência - já trabalhou como roadie e é encarregado pelas baterias.Mas não é arriscado levar 2 novatos justamente num show internacional? Sim, mas eu também comecei assim. Por que não dar a chance a eles, sem antes treiná-los exaustivamente? Foi o que eu fiz e deu certo! A banda aprovou, os produtores aprovaram e eu aprovei.
Chegamos cedo no Carioca, logo de manhã. Os horários foram antecipados para facilitar a logística e porque a agenda da banda (oriunda de Fortaleza) foi antecipada. Enquanto a empresa de som do meu bro Jefferson montava o PA, recebemos o backline da Só Palco e iniciamos a montagem do palco.
Basta levantar o equipamento no palco e seguir a disposição pedida no rider da banda. O produtor Fernando e as duas assistentes Litha e Mary montavam os camarins dos técnicos, banda e produção.
Elias e Felipe montaram a bateria no praticável. Eu e Rafael montamos os amplificadores: 3 x Head Mesa Boogie Dual Rectifier, 2 x caixas Mesa Boogie 4 x 12, 2 x Head Gallien Krueger 800RB e um gabinete Ampeg 8 x10. Na foto abaixo, eu com a guitarra do vocalista Tony Sly, mandando uns timbres nos canais do amplificador.
Montei o rack com as guitarras e "a casa do roadie" atrás dos amplificadores. Troquei as cordas da Gibson Explorer e decidi deixar o encordoamento da Les Paul intacto porque ainda estava bom (também pela pouca quantidade de encordoamentos extras). A banda não trouxe instrumentos reservas...ou seja, minha decisão de trazer uma guitarra foi acertada. E pela agenda que me foi passada em primeira instância, minha intenção era utilizar a minha guitarra para passar o som e deixar os timbres próximos do ideal. Na foto seguinte, o rack com as guitarras e guitarra azul que levei para o show! E utilizei encordoamentos da NIG .011 e cabos Tecniforte para a passagem de som.
Na foto abaixo, nossa mesa de trabalho e a guitarra Gibson Les Paul do Tony Sly...que tem um timbrão dahora bastante encorpado!
Economizei a Ernie Ball e coloquei NIG, eles curtiram!
Elias na bateria e Felipe Makiyama ao lado....Ambos deram conta do recado e novamente utilizamos o "famoso" tapete do Fernando pra segurar a bateria sobre o praticável! Durante o show tive que usar parafusos para segurar um dos pedestais de prato. Sorry Fernando!
E falando em pratos....o baterista Boz Rivera, simplesmente esqueceu os pratos da bateria dentro da van. Mas em Fortaleza, a caminho do aeroporto, no embarque para São Paulo. O produtor Rodrigo teve que "abortar" o próprio embarque e recuperar os pratos. Rodrigo chegou bem depois: 10 minutos antes do show! Teve que remarcar vôos, fazer conexões em outros aeroportos e tomar um chá de cadeira...inesquecível. Para a passagem de som, conseguimos pratos emprestados, mas não tinham muita condição para o show. Felizmente, deu tudo certo!
O soundcheck foi tranquilo e rápido. Foi pitoresco ver a uma banda de hardcore/punk, tocar Steve Wonder, Ozzy Osbourne, Judas Priest e Iron Maiden....!!!!!
Na foto seguinte, eu e o roadie deles alinhando os monitores para o Tony, que ficou rindo das 4 caixas na frente do microfone...tipo: "eu não preciso de tudo isso"!
Passando o som do baixo com o High Clear da Tecniforte!
Depois da passagem de som, o amigo Luciano Piantonni me ajudou a escrever o Set List (a mão mesmo) para a banda e equipe. Nos camarins... estava tudo tranquilo com a presença adicional dos outros produtores e assistentes: Murilo, Elber, André, Raquel e outros...
Pois é, a grande vantagem de montar tudo cedo e adiantarmos o soundcheck...é que sobra muito tempo para resolver eventualidades e tempo extra para descanso. Reuni a equipe e passei as instruções finais. Os pratos chegaram aos 48 do segundo tempo, Tony Sly fez uma frescurinha para entrar no palco e aos urros de No Use, No Use, No Use, a banda entrou!
Os caras tocam bem. Agitaram muito e são bastante carismáticos no palco. Desfilaram um monte de hits e a galera curtiu bastante. Não tivemos problemas maiores. Apenas o usual: cabos de guitarra e baixo enrolando, abastecimento constante de água e energéticos, pedestal de prato andando, pirulito do pedal de bumbo se desprendendo (apenas uma vez) e duas invasões de palco rapidamente contornadas! Em termos gerais, show tecnicamente perfeito, adrenalina em dose certa e público satisfeito!
Embaixo, Boz Rivera mandando bala...observado pelo Elias e o Felipe! O cara toca bem. É criativo em relação ao estilo! O baixista Matt é o mais agitado. Tony Sly (o vocal) tem um semblante
que lembra o Nicholas Cage e o outro guitarrista Chris, é muito quieto.
Eu e Felipe nas músicas finais...guardando energias para a desmontagem final do palco! Sim, trampo de roadie é \m/!
O insólito foi na última música do "bis"...o baterista Boz Rivera começou a passar mal e vomitou. Alertado pelo Felipe, fui em socorro com duas toalhas...e enquanto limpava o vômito (ughhhh), o baterista continuou tocando. Terminada a música, retiramos ele rapidamente - que felizmente, se recuperou depois....E olha nós na foto seguinte, depois do show!
Terminado o show, começamos a guardar os equipamentos da banda, desmontar o backline, descer tudo para baixo e entregar o gear para a Só Palco. A banda embarcaria para a Argentina as duas da manhã. Ou seja, saída rápida do Carioca Club para o hotel para um banho, jantar, breve descanso e aeroporto! Nos camarins, a banda tirou uma foto conosco: Elias, Felipe, eu, Rafael, Matt (o baixista), Tony Sly (vocal) e a Litha.
Antes do show, foto da equipe no palco: Mary, Litha, Moris, Fernando, Elias, Felipe, Rafael e eu!
Nos camarins, um pequeno incidente surreal, um conhecido vocalista de uma banda brasuca de hardcore pop, acendeu um "cachimbo" e o Moris - que é nosso segurança...enquadrou o "figura". Pois é, pra fechar a noite com emoções....mas o saldo 777% positivo prevaleceu.
Entregamos a casa, os equipamentos, banda seguindo para o hotel, camarins desocupados e como de costume: finalizamos a noite com um jantar no Habib´s (pena que o Elias não pode ir...).
Próximo show: Unisonic e Gotthard no HSBC Hall, prestigiem e aguardem!
Poutzzzzz, olha a equipe no fundo desse vídeo!
Poutzzzzz, olha a equipe no fundo desse vídeo!
Esquecer os pratos da bateria é sacanagem. E ainda tem a do vômito, não é nem um pouco fácil vida de roadie. Boa sorte na próxima...
ReplyDeleteValews! Pois é....os pratos chegaram em cima da hora....e qto ao vômito...essa realmente foi fodas!
ReplyDeletePuta que pariu Henry vc é foda rsrsrsrsrsrsrs rsrsrsrsrsrsrsrsrs pau no cú desses FDPs do caralho, banda de EMO vc quis dizer né rsrsrsrsrsrsrs queria ter dado um vale drinque nesse playboy do caralho
ReplyDelete