Quantas vezes escutamos essa expressão: um minutinho! Ou: apenas um minuto! E o que pode significar algo como: espere um pouco que já estou indo...É quase sinônimo de coisa negativa, por exemplo - alguém parado numa vaga de deficiente ou idoso sem ser absolutamente inserido nessas condições. E se justificando com a referida expressão do minuto.
Neste fim de semana, tive o meu minuto. Mas não foi um minuto de descrédito ou demérito. Foi um minuto de uma estranha sincronia. Um minuto final de um longo tempo de trabalho. Um minuto de respiração. Um minuto de alívio.
Fiz a direção de palco de um evento de fogos de artifícios. Uma comemoração dos 120 anos de amizade, Brasil/Japão, no autódromo de Interlagos. Cuidei do palco onde tivemos teatro, grupos de taikô, duas bandas japonesas (Oreskaband e Kao=S), Wadaiko, Família Lima e os fogos no final. Como sabem, os fogos de artifícios são disparados automaticamente. Os horários são rígidos e o cronograma de atrações tinha que ser respeitado a risca! É o tipo de evento que não pode adiantar, muito menos, atrasar....E decorrente das chuvas dos dias anteriores, atrasamos muito. Os problemas de estrutura nos prejudicaram no dia principal. Foi um dia de tensão e muita pressão.
O disparo foi confirmado para as 20:10 hs. Eu tinha que terminar entre 20:00 hs e 20:05 hs. O último show da noite, da Família Lima, terminou as 20:09 hs. Sim, um minutinho antes.
Até agora, a ficha continua caindo...
Um dia todo de caos, que ironicamente, conheci uma das bandas mais legais da terra do sol nascente: Kao=S. Jamais esquecerei esse dia, jamais esquecerei esse minuto.