Trabalhei como intérprete para a banda japonesa An Cafe, pela empresa Freepass, neste penúltimo " finde" de novembro. O estilo da banda é o Oshare Kei...veja nesse link, do que se trata: http://pt.wikipedia.org/wiki/Oshare_kei
Pois é...primeiro dia: buscar a banda no aeroporto as 5 da matina...levar pro hotel....levar os caras pra dar um rolê no shopping Ibirapuera e na loja Made in Brazil, jantar farto na churrascaria, balada no Bourbon Street no show do Leo Mancini...etc...etc...etc...
segundo dia: showtime
Na foto abaixo, o backdrop dos caras, fácil de pendurar mas "pentelhíssimo" de alinhar...Pois então, para uma banda de Osharei Kei - o backdrop até que era bem simples e sem cores berrantes ou paetês....Na foto seguinte, parte do praticável da bateria e visão parcial dos cabeçotes Ampeg(s) Classic(s) x 2 que nos deixaram na mão....ambos pifaram nas válvulas de potência. Na passagem de som, um deles nem ligou...o outro que era reserva aguentou, mas às 18:30hs, uma hora antes do show...a luz piloto desligou sozinha e quando religamos e fizemos um linecheck...o som estava baixo, magro e sem potência. Isso gerou pânico nos técnicos japas que vieram me chamar. Eu estava fazendo tradução no Meet and Greet - que é uma espécie de sessão de autógrafos, fotos e encontro informal da banda com fans. Tive que ligar para meu sócio e amigo Marcio Benedetti que prontamente emprestou um cabeçote Hartke...que o Rafael Donha fez a gentileza de trazer de metrô, chegando aos 47 minutos do segundo tempo. Nem precisa dizer que o técnico de cordas dos japas quase teve um mega-hyper-big-derrame-infarto-AVC-colapso-taquicardia. Só faltou pular no pescoço de todo mundo no backstage, inclusive do meu...mas depois que o show acabou...sobrou arigatou gozaimasu!!! No final deu tudo certo.
Na foto da sequencia, o cabeçote Marshall JCM2000 e caixa 4 x 12 do guitarrista Takuya. Tinha mais um cabeçote atrás do sistema que seria o plano "Z" ...caso o cabeçote Hartke do contrabaixo não chegasse a tempo...enfim...felizmente foi apenas um plano.
Pedais e stomp boxes do guitarrista.
A passagem de som foi tranquila. Mas essas obras de reforma do Carioca Club atrapalharam no quesito técnico. Áudio e Luzes alimentados na mesma fase de energia provocaram ruídos indesejáveis. Para quem utiliza in-Ear...o ruído é alto, desagradável e difícil de acostumar....Diferente que quem não usa in-Ear e sente a massa sonora minimizar o chiado. Fizemos o possível, mas ruído é como pernilongo numa noite quente de verão...
Mais uma fotinha do soundcheck do An Cafe. O som dos caras é um pop feliz com guitarras pesadas e letras existencialistas.
Aqui na próxima foto, o baterista Teruki, provavelmente o melhor músico da banda. Além de trabalhar como interprete "fulltime" para a banda & crew...fui drumtech do Teruki durante o show. Ele foi o integrante mais solícito com os fans e foi o cara que mais conversei. Muito gente boa!
Showtime! An Cafe e Cafekos agitando o Carioca Club....só figuraça na platéia: marmanjo de cabelo azul chanel no melhor estilo Willy Wonka, versão Johnny Deep....porém baitolo mode on.
Mais fotos do shows!
Olha só... não consegui tirar a foto do vocalista Maku golpeando "os" e "as" cafekos. Mas consegui localizar o martelo no palco. Posteriormente, e com dor no coração, removemos o prolongador do martelo. A ferramenta seguiu viagem para Santiago no Chile. O prolongador ficou em "terra brasilis".Na foto seguinte, a galera da banda fazendo pose com "os" e "as" cafekos brasucas. Apesar da lotação apenas razoável, a audiência curtiu a apresentação e agitou o local.
Neste vídeo abaixo, o ímpeto dos fans que aguardavam a chegada da banda no Carioca Club. Sim, eu estou na filmagem discutindo e falando impropérios para o entregador de gelo...que deliberadamente se posicionou bem no meio da passagem, do caminho da van para a entrada do local.
Segundo dia: depois do show...mais churrascaria com a banda e café na madrugada no Franscoffee ao lado do hotel...
Terceiro dia: manhã de sono profundo, almoço na padoca e aeroporto. An Cafe seguiu para o restante da tour: Chile, Peru e México...encerram a tour com 2 shows em Toquio e depois iniciam uma série de apresentações em 2013, na terra do sol nascente em localidades diversas.
Quarto dia: eventos diversos e finalmente HOME!!!!
Provavelmente encerrei os shows internacionais....(mas como no futebol....só acaba no apito final)...ainda sobra tempo...pra eventual correria de última hora. Caso tenha sido o último show...esse ano foi um total de quase 20 e poucos eventos....quase 2 por mês....quase um evento a cada 15 dias...E dependendo...pode ter sido a derradeira...não dos shows (que continuarei fazendo).
Trampar pra banda japa é sempre uma prática de paciência, memória e sincronia além do tempo. Mas desta vez, acho que ensinei a eles que a trajetória pode ser sinuosa mas se o desfecho for perfeito...o tempero da emoção faz ficar melhor ainda...