Sunday, September 8, 2013

MIMO Festival em Paraty 2013

Fui para Paraty, fazer o trabalho de técnico de backline pela Só Palco. O Mimo Festival é um evento conceituado que atualmente é um circuito obrigatório nas cidades históricas: Ouro Preto, Paraty e Olinda (onde foi originalmente concebido). Admito que não estava familiarizado com o festival e foi um final de semana recheado de eventos legais, surpresas e tudo deu certo! Só que NÃO...
Cidade histórica é bem legals. Um legado deixado pelos nossos antepassados e preservado originalmente pelo poder público. Só que NÃO...
Apesar de ser um lugar histórico....odiei Paraty....impossível caminhar pelas ruas de pedras e tentar andar do lado do canal, na parte de areia...Uma coisa é preservar mas fazendo uma manutenção constante...Outra coisa é "alegar" a preservação e deixar tudo abandonado (...é minha honesta opinião)!
Musicalmente, "os críticos" preveram um evento cheio de previsibilidades e artistas em fim de carreira! Só que NÃO...
O primeiro dia já valeu! Trabalhei para o lendário Herbie Hancock e banda. No início do ano fiz a Headhunters e foi sensacional...agora completei a lista com o Herbie! E como se não bastasse, a banda tinha Vinnie Colaiuta na bateria...sem palavras! Meu amigo Fau - que dividiu as atribuições comigo...ficou embasbacado com a quebradeira do Vinnie!
 Backline de Herbie Hancock e banda
 Passagem de som Herbie Hancock
Igreja da matriz de Paraty, um dos cartões postais da cidade e bastante procurada para fotos e visitação. Um dos lugares mais legais para percorrer...Só que NÃO...
Antes do show, dei uma volta em torno da igreja - bem ao lado do palco principal. Situação caótica - a água do canal transborda do lado da igreja formando um lago imenso e posteriormente, forma um lamaçal gigante. Por dentro da construção, é visível o sinal de desgaste e a necessaidade de uma restauração de móveis, paredes e cômodos.
 A igreja foi utilizada para apresentar eventos paralelos como: pocket shows e workshops.
 O show do Herbie Hancock foi surpreendente. Apesar do set list com sensação térmica de burocrático...a performance foi energética. E 777% atribuidos ao baterista Vinnie Colaiuta que simplesmente ROUBOU o show!
Herbie Hancock levou a galera ao delírio com uma apresentação marcante e fez uso do mais tradicional em termos de jazz, usando elementos básicos...Só que NÃO...
 Em termos técnicos, Herbie usou um sistema bastante atual. Muito em termos de biblioteca de timbres sai de aplicativos oriundos de iPads. E a central de comando também agregou um backup seguro e infalível. Eu nunca imaginaria ver um jazzista com Herbie Hancock aderindo as novas tecnologias. com uma aplicação tão convincente!
 O SET LIST!
Depois do show do Herbie Hancock, o Bnegão veio para animar a galera. Foi um show agitado e cheio de grooves! Terminamos no "meio" da madrugada e deixarmos as coisas do dia seguinte encaminhadas...Sim, sim, sim...logística mais que correta para facilitar a vida de todos...Só que NÃO...
Tivemos que bater cartão logo cedo - "leia se": certos produtores adoram sacanear com roadies...principalmente para ver o semblantes dos mesmos logo de manhã....(MODE irônico ao extremo ON). E como não tinha jeito....ajudamos a montagem do palco do João Bosco (segundo dia).
 João Bosco e banda passando o som. Reencontrei meus amigos: Ricardo Silveira (guitarra) e Armando Marçal (percussão)...sem contar que o JB no baixo e o Kiko destruiram também!!!
 Backline do João Bosco nos "boxes"....
 Passagem de som do pianista jordaniano, Rum Tareq Al Nasser.
Show de abertura do segundo dia: em mãos o mapa de palco, input list e tudo certinho para a montagem...Só que NÃO...
O soundcheck foi longo e a montagem hilária...não tínhamos mapa de palco e a condição técnica dos músicos com relação ao palco era abaixo do mínimo....mas rolou!
Uma demora sem fim, mas conseguimos fazer um layout alternativo e a passagem de som foi atribulada, mas no final...deu tudo certo!
 Momento do show do Rum Tareq Al Nasser
 E fechando o segundo dia: João Bosco e banda.
 Olha o que eu falei das ruas de pedras...impossível caminhar dignamente nesse solo.
O dedo "vazado" na foto não foi proposital....até nisso, Paraty deu zica...
Um raro momento que fui comprar algumas coisas e voltei com dois potes de geléia apenas...
 Canal de Paraty....O visual da caminhada matinal em direção ao palco principal...Só que NÃO...de manhã, não conseguia exergar nada! Essa foto é do final da tarde!
 Terceiro Dia, banda Madredeus de Portugal passando o som. Madredeus foi a única atração do último dia de show!
 Showtime Madredeus
  Showtime Madredeus
  Showtime Madredeus
 E eu...na fotinha abaixo...essa foi tirada por um dos carregadores, quando fui incumbido de resgatar um piano (sim, isso mesmo...resgatar)...na Casa de Cultura de Paraty e conseguimos com relativo êxito, sem antes ter ido em dois lugares, erroneamente indicados...O que de certa forma, me fez conhecer um pouco mais da cidade.
Falei de surpresas....e realmente foi desta forma. Nunca trabalhei com um stage manager tão ruim e omisso. E normalmente, a programação do MAIN Stage é que comanda a cena...Só que NÃO! Os eventos paralelos foram programados sem essa logística e tivemos momentos críticos com relação ao uso de backline. Mas como se isso não fosse tão surpresa...surpreendeu porque "a gente nunca imagina que vai acontecer nos dias atuais. Só que NÃO....

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